Uma questão de escala
Uma das coisas com que me deparo frequentemente, sendo de Lisboa, é a ideia que as pessoas têm desta cidade como sendo habitada por seres, no mínimo, frios e insensíveis para não dizer abertamente mal-educados, o que sempre me espantou.
Aliás, tendo nascido no Porto, sendo os meus pais de perto de Bragança, e estando a estudar em Coimbra a minha percepção sempre foi que as pessoas são bem menos antipáticas senão no sul do país, que não conheço tão bem quanto gostaria, pelo em Lisboa, embora a dimensão da cidade possa perfeitamente contrariar a minha ideia.
Ainda mais estranha me pareceu esta situação quando descobri que fora da minha faixa etária poucas das pessoas que conhecia eram originárias de Lisboa. Na sua maioria tinham apenas vindo trabalhar para Lisboa. Será que as pessoas se transformavam milagrosamente em seres antipáticos ao chegarem a Lisboa?
Depois comecei a conhecer um número não-pouco significativo de estrangeiros que nos consideravam mais antipáticos do que noutros países, quando a nossa mais valia reside, precisamente, na nossa suposta simpatia (apraz-me dizer que enquanto co-organizador de dois encontros internacionais o número de pessoas bem impressionadas connosco ainda é. Aparentemente, maior que o número de desiludidas).
Desconfio que a resposta a este problema reside verdadeiramente na dimensão das cidades, embora não da maneira que eu inicialmente presumia. Na minha rua vivem cerca de 300-350 pessoas, e só no meu prédio devem viver umas 85-90 pessoas, o que é mais do que em muitas aldeias no interior do país. A minha freguesia tem 21 mil eleitores inscritos o que a torna maior que algumas cidades e não temos nenhuma rivalidade com freguesias vizinhas ao estilo Braga/Guimarães (que deve ser facilitada pelo futebol), Soure/Condeixa, ou Nelas/Canas-de Senhorim.
Portanto o desafio que ponho é: Serão os laços de solidariedade maiores numa pequena aldeia que num grande prédio? E os focos de tensão? Até que ponto a exogamia afecta ambos os espaços?.
P.S. E o Lumiar a Concelho já!
Aliás, tendo nascido no Porto, sendo os meus pais de perto de Bragança, e estando a estudar em Coimbra a minha percepção sempre foi que as pessoas são bem menos antipáticas senão no sul do país, que não conheço tão bem quanto gostaria, pelo em Lisboa, embora a dimensão da cidade possa perfeitamente contrariar a minha ideia.
Ainda mais estranha me pareceu esta situação quando descobri que fora da minha faixa etária poucas das pessoas que conhecia eram originárias de Lisboa. Na sua maioria tinham apenas vindo trabalhar para Lisboa. Será que as pessoas se transformavam milagrosamente em seres antipáticos ao chegarem a Lisboa?
Depois comecei a conhecer um número não-pouco significativo de estrangeiros que nos consideravam mais antipáticos do que noutros países, quando a nossa mais valia reside, precisamente, na nossa suposta simpatia (apraz-me dizer que enquanto co-organizador de dois encontros internacionais o número de pessoas bem impressionadas connosco ainda é. Aparentemente, maior que o número de desiludidas).
Desconfio que a resposta a este problema reside verdadeiramente na dimensão das cidades, embora não da maneira que eu inicialmente presumia. Na minha rua vivem cerca de 300-350 pessoas, e só no meu prédio devem viver umas 85-90 pessoas, o que é mais do que em muitas aldeias no interior do país. A minha freguesia tem 21 mil eleitores inscritos o que a torna maior que algumas cidades e não temos nenhuma rivalidade com freguesias vizinhas ao estilo Braga/Guimarães (que deve ser facilitada pelo futebol), Soure/Condeixa, ou Nelas/Canas-de Senhorim.
Portanto o desafio que ponho é: Serão os laços de solidariedade maiores numa pequena aldeia que num grande prédio? E os focos de tensão? Até que ponto a exogamia afecta ambos os espaços?.
P.S. E o Lumiar a Concelho já!
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