quarta-feira, setembro 29, 2004

Joana

Quis evitar falar do caso de Figueira mas parece-me inevitável. Lamento muito que situações destas ocorram e sejam bem mais frequentes do que parece, e tenho ainda a (pouca) esperança que a rapariga esteja viva.

Como é que é possível que enquanto a mãe não foi suspeita era uma tragédia local de uma pessoa da comunidade, e quando as suspeitas recaem sobre a mãe esta já era uma forasteira e há uma tentativa de linchamento? Como é que sabendo dos maus tratos a entidade abstrata "comunidade" não os tenta suprimir? Como é que quando uma criança está presumivelmente morta vitima desses mais tratos a comunidade não se auto-questiona?