Eleições Europeias
Um destes dias aterrei por acaso no meio duma acção de campanha do BE para as eleições europeis. No geral não tenho gostado da campanha, os conteúdos discutido pouco ou nada tém a ver com a UE, mas sim na acção governativa do PSD, com uma linguagem do mais básico e popularucho que há, com o habitual recurso ao futebolês, e sinceramente tal como, creio, a maior parte dos portugueses não me apercebo do verdadeiro significado destas eleições.
No entanto houve algumas coisa que realmente me chamaram a atenção no discurso de Miguel Portas. Por um lado foi a desconstrução que fez das ideias por trás do discurso da competitividade e crescimento económico, nomeadamento utilizando, não sei se intencionalmente, a expressão "Capitalismo Americano", que me pôs realmente a pensar na ideia de capitalismo e no facto como de facto ele não existe pelo menos no modo em que é idealizado. Se virmos o caso de Portugal, com a possível excepção das comunicações móveis que podem constituir um oligopólio, existem na realidade uma série de monopólios, alguns de estado (eventualmente em vias de privatização), outros privados, e em lado nenhum do mundo os mercados são verdadeiramente livres e auto-regulados. Esta expressão parece-me também conter implicada a ligação da filosofia política americana com a ética de trabalho protestante e noção que frequentemente lhe está associada da predestinação divina tão caracteristica do estado Americano (que, se não me engano, não é constitucionalmente laico).
Finalmente e em resposta a um militante que criticou a acção PS, portas lançou quanto a mim a ideia verdadeiramente subversiva de que o objectivo do BE era ganhar eleições (algo que não era conseguido com esse tipo de discurso), apresentando para isso projectos lei que frequentemente são bem menos à esquerda que o postura pública do partido parece indiciar e um discurso que tenha não só em conta a realidade, mas também a percepção que o eleitorado tem desta. O aspecto verdadeiramente subversivo desta ideia, quanto a mim, está no facto de ser verdadeiramente inesperada num partido ideológico como é BE. É de facto o tipo de discurso que rege partidos não ideológicos como o PSD "O importante é ganhar eleições!".
No entanto houve algumas coisa que realmente me chamaram a atenção no discurso de Miguel Portas. Por um lado foi a desconstrução que fez das ideias por trás do discurso da competitividade e crescimento económico, nomeadamento utilizando, não sei se intencionalmente, a expressão "Capitalismo Americano", que me pôs realmente a pensar na ideia de capitalismo e no facto como de facto ele não existe pelo menos no modo em que é idealizado. Se virmos o caso de Portugal, com a possível excepção das comunicações móveis que podem constituir um oligopólio, existem na realidade uma série de monopólios, alguns de estado (eventualmente em vias de privatização), outros privados, e em lado nenhum do mundo os mercados são verdadeiramente livres e auto-regulados. Esta expressão parece-me também conter implicada a ligação da filosofia política americana com a ética de trabalho protestante e noção que frequentemente lhe está associada da predestinação divina tão caracteristica do estado Americano (que, se não me engano, não é constitucionalmente laico).
Finalmente e em resposta a um militante que criticou a acção PS, portas lançou quanto a mim a ideia verdadeiramente subversiva de que o objectivo do BE era ganhar eleições (algo que não era conseguido com esse tipo de discurso), apresentando para isso projectos lei que frequentemente são bem menos à esquerda que o postura pública do partido parece indiciar e um discurso que tenha não só em conta a realidade, mas também a percepção que o eleitorado tem desta. O aspecto verdadeiramente subversivo desta ideia, quanto a mim, está no facto de ser verdadeiramente inesperada num partido ideológico como é BE. É de facto o tipo de discurso que rege partidos não ideológicos como o PSD "O importante é ganhar eleições!".
Etiquetas: BE, Eleições Europeias, Política
<< Home