Coimbra
Para que fique registado, sou estudante universitário em Coimbra, embora seja natural de Lisboa. Na terça-feira participei no corte da rua Padre António Vieira,estando aliás atrás do aluno detido nesse momento, mas não estive na manifestação do Senado, à qual apenas assisti pela televisão e aos relatos dos meus amigos e colegas que lá estiveram.
Quanto à terça-feira, é pena que nunca se mostrem os simpáticos professores que desrespeitaram as orientações dos policias que estavam a desviar o trânsito e tentaram passar por cima dos alunos presentes com os seus carros. A presença policial foi no geral correcta embora prender um aluno por se ter sentado na passadeira é quanto a mim um exagero, assim como o foi quando chegaram os 5 elementos do corpo intervenção um deles vir de caçadeira em riste. Mas aqui a postura da polícia foi sempre conciliatória, assim como os estudante foram sempre respeitosos do agentes presente, mesmo durante a detenção do colega.
Passando ao dia de ontem convém começar referir uma séria de coisas que ficaram esquecidas nas múltiplas reações aos acontecimentos:
- A escolha do local da reunião não foi inocente. Salvo erro foi a primeira vez que uma reunião do Senado decorreu fora da Reitoria.
Convém dizer que foram eviadas aos estudantes Senadores duas convocatórias com o mesmo número de despacho, uma dirigida aos Senadores membros da DG/AAC, indicando a reitoria como local da reunião, e a discussão dos acontecimentos de 13 de Outubro como ordem de trabalho, e uma outra convoctória para os restantes Senadores dando o Pólo II como local das reuniões e acrescentando a fixação das propinas à ordem de trabalhos.
Como podem ou não saber o Pólo II é algo removido do centro da cidade, e do Campus principal,não sendo portanto alvo de visistas turísticas, nem frquentado por outra pessoas que não estudantes e funcionários. o edificio onde decorreu encontra-se em obras, e às quartas-feiras à tarde, dia em que se realizam as reuniões dos orgãos universitários, está praticamente vazio por praticamente não haverem aulas. Ou seja desde logo o objectivo era reduzir a presença de estudantes, e diminuir o peso simbólico que uma carga policial teria se feita na alta universitária.
- Nos últimos três anos a atitude eventualmente mais incorreta que os responsáveis policiais tiveram foi na primeira manifestação estudantil em Lisboa, durante o governo Durão Barroso, de terem apagado a iluminação em frente à Assembleia da República o que basicamente pôs os estudantes às escuras às 17:30. Do mesmo modo o mais "desrespeitoso" para a policia a que eu assisti foram os gritos "muita polícia, pouca educação" que ocorreram nalgumas manifestações incluindo ontem.
- O que os estudantes ontem fizeram, não difere em nada do que já fizeram antes, excepto em dois pontos: Não foi em frente da Assembleia da República, e não ultrupassavam algumas centenas.
- Tendo em conta os pontos anteriores parece-me portanto que havia indicações para se recorrer à força.
- A polícia do corpo de intervenção vinha equipada de capacete, armadura, bastão, arma de serviço e spray de pimenta, o que por si só constitui o seu equipamento padrão, mas para além disso os carros do corpo de intervenção traziam as caçadeiras para as balas de borracha, e nas imagens televisivas vé-se claramente um policia à paisana a sacar dum bastão e a atacar um estudante pelas costas.
- Vendo as imagens televisivas da RTP, nota-se que o estudante preso foi claramente escolhido da linha de estudantes, o cordão policial estava a empurrar os estudantes, e um elemento do corpo de intervenção vém por trás dos seus colegas e puxa-o para dentro do cordão policial, onde juntamente com outros três agentes do CI o imobilizam. O estudante pode ou não ter tentado agredir algum agente, mas gostaria que me explicassem como é que um puto que, tal como as imagens mostram, tém metade do tamanho de qualquer agente consegue ferir gravemente um elemento do corpo de intervenção completamente equipado.
-Havia ordens para identificar apenas os estudantes que tentassem entrar no senado, ou seja quem não parecesse estudante entrava à vontade.
Quanto à terça-feira, é pena que nunca se mostrem os simpáticos professores que desrespeitaram as orientações dos policias que estavam a desviar o trânsito e tentaram passar por cima dos alunos presentes com os seus carros. A presença policial foi no geral correcta embora prender um aluno por se ter sentado na passadeira é quanto a mim um exagero, assim como o foi quando chegaram os 5 elementos do corpo intervenção um deles vir de caçadeira em riste. Mas aqui a postura da polícia foi sempre conciliatória, assim como os estudante foram sempre respeitosos do agentes presente, mesmo durante a detenção do colega.
Passando ao dia de ontem convém começar referir uma séria de coisas que ficaram esquecidas nas múltiplas reações aos acontecimentos:
- A escolha do local da reunião não foi inocente. Salvo erro foi a primeira vez que uma reunião do Senado decorreu fora da Reitoria.
Convém dizer que foram eviadas aos estudantes Senadores duas convocatórias com o mesmo número de despacho, uma dirigida aos Senadores membros da DG/AAC, indicando a reitoria como local da reunião, e a discussão dos acontecimentos de 13 de Outubro como ordem de trabalho, e uma outra convoctória para os restantes Senadores dando o Pólo II como local das reuniões e acrescentando a fixação das propinas à ordem de trabalhos.
Como podem ou não saber o Pólo II é algo removido do centro da cidade, e do Campus principal,não sendo portanto alvo de visistas turísticas, nem frquentado por outra pessoas que não estudantes e funcionários. o edificio onde decorreu encontra-se em obras, e às quartas-feiras à tarde, dia em que se realizam as reuniões dos orgãos universitários, está praticamente vazio por praticamente não haverem aulas. Ou seja desde logo o objectivo era reduzir a presença de estudantes, e diminuir o peso simbólico que uma carga policial teria se feita na alta universitária.
- Nos últimos três anos a atitude eventualmente mais incorreta que os responsáveis policiais tiveram foi na primeira manifestação estudantil em Lisboa, durante o governo Durão Barroso, de terem apagado a iluminação em frente à Assembleia da República o que basicamente pôs os estudantes às escuras às 17:30. Do mesmo modo o mais "desrespeitoso" para a policia a que eu assisti foram os gritos "muita polícia, pouca educação" que ocorreram nalgumas manifestações incluindo ontem.
- O que os estudantes ontem fizeram, não difere em nada do que já fizeram antes, excepto em dois pontos: Não foi em frente da Assembleia da República, e não ultrupassavam algumas centenas.
- Tendo em conta os pontos anteriores parece-me portanto que havia indicações para se recorrer à força.
- A polícia do corpo de intervenção vinha equipada de capacete, armadura, bastão, arma de serviço e spray de pimenta, o que por si só constitui o seu equipamento padrão, mas para além disso os carros do corpo de intervenção traziam as caçadeiras para as balas de borracha, e nas imagens televisivas vé-se claramente um policia à paisana a sacar dum bastão e a atacar um estudante pelas costas.
- Vendo as imagens televisivas da RTP, nota-se que o estudante preso foi claramente escolhido da linha de estudantes, o cordão policial estava a empurrar os estudantes, e um elemento do corpo de intervenção vém por trás dos seus colegas e puxa-o para dentro do cordão policial, onde juntamente com outros três agentes do CI o imobilizam. O estudante pode ou não ter tentado agredir algum agente, mas gostaria que me explicassem como é que um puto que, tal como as imagens mostram, tém metade do tamanho de qualquer agente consegue ferir gravemente um elemento do corpo de intervenção completamente equipado.
-Havia ordens para identificar apenas os estudantes que tentassem entrar no senado, ou seja quem não parecesse estudante entrava à vontade.
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