quinta-feira, julho 28, 2005

Avalanche

Well I stepped into an avalanche,
It covered up my soul;
When I am not this hunchback that you see,
I sleep beneath the golden hill.
You who wish to conquer pain,
You must learn, learn to serve me well.

You strike my side by accident
As you go down for your gold.
The cripple here that you clothe and feed
Is neither starved nor cold;
He does not ask for your company,
Not at the centre, the centre of the world.

When I am on a pedestal,
You did not raise me there.
Your laws do not compel me
To kneel grotesque and bare.
I myself am the pedestal
For this ugly hump at which you stare.

You who wish to conquer pain,
You must learn what makes me kind;
The crumbs of love that you offer me,
They’re the crumbs I’ve left behind.
Your pain is no credential here,
It’s just the shadow, shadow of my wound.

I have begun to long for you,
I who have no greed;
I have begun to ask for you,
I who have no need.
You say you’ve gone away from me,
But I can feel you when you breathe.

Do not dress in those rags for me,
I know you are not poor;
You don’t love me quite so fiercely now
When you know that you are not sure,
It is your turn, beloved,
It is your flesh that I wear.

"Avalanche" Leonard Cohen

domingo, julho 24, 2005

Evangelização/Demonização

Ver coisas destas assusta-me. E mais ainda porque tendem a passar despercebidas e encontro muito poucos argumentos racionais entre os vários artigos recolhidos para uma posição ou para outra.

sexta-feira, julho 22, 2005

O mito asséptico

Tentarei explicar aos meus filhos que, apesar do que diz a Disney, Hércules não era filho de Zeus e de Hera, mas de Zeus e Alcmena; que Zeus de facto enganou a mulher e a própria Alcmena, assumindo a forma de Anfitrião; que Alcmena e Anfitrião não eram o casal de velhotes que encontrou e adoptou Hércules quando ele caiu do céu; que foi Hera, e não Hades, quem enviou as serpentes a Hércules; que Hades, retratado no filme como uma espécie de demónio dos infernos, não era propriamente um ente maligno, e que, sobretudo, não era inimigo de Zeus; e a lista continua. Talvez fosse mais fácil apontar as semelhanças entre as duas narrativas do que as suas diferenças.
Enfim, deixarei para mais tarde pormenores menos conhecidos, como o relato de como Hércules terá morto a mulher e os filhos.

in Bandeira ao Vento

Cool!

Geography Level-3

No caso de estarem interessados acertei em 78% dos países (10 errados), com um erro médio de 47 milhas em 435 segundos.

Incompetentes e ignorantes

24 Hour Party People na Sic Radical. Tradução absolutamente merdosa.

Não é Wiliam Black, é William Blake, o poeta inglês do Séc. XIX, seu cretino ignorante, e é a ilha de Mann, parte integrante das ilhas Britânicas, não a ilha de Man!

quarta-feira, julho 20, 2005

Leis parvas

França: No pig may be addressed as Napoleon by its owner.

Paris: An ashtray is considered to be a deadly weapon.

Le Lavandou: It is forbidden without a cemetery plot to die on the territory of the commune.

Reino Unido: It is illegal to be a drunk in possession of a cow.

Reino Unido: All English males over the age 14 are to carry out 2 or so hours of longbow practice a week supervised by the local clergy.


Muito mais aqui.

P.S. A melhor de todas, novamente do Reino Unido: The severest Penaltys will be suffered by any commoner who doth permit his animal to have carnal knowledge of a pet of the Royal House.

sexta-feira, julho 15, 2005

Pré-campanha

Esta pré-campanha em Lisboa está mesmo má.
Do Carrilho nem vale a pena a falar.
O Sá Fernandes parece estar a fazer um anúncio a uma rede telefónica, e o que é que raio quer dizer Lisboa é gente?
E então o Carmona Rodrigues mete declaradamente nojo. Agora é que se arregaçam as mangas? Não teria sido melhor fazê-lo nos últimos 4 anos?

O direito à indiferença

O que será melhor, o direito à diferença ou o direito à indiferença?

Aparentemente, o direito à diferença seria preferível, o direito a abraçarmos e valorizarmos as nossas idiossincrasias, mas não sei se, sendo os juízos de valor inevitáveis, num contexto em que a diferença é hiper-conceptualizada o respeito por essa diferença seja o corolário natural desse direito.
O direito à indiferença, por muito que esta nos pareça condenável, parece-me mais propiciador a um clima de tolerância (ainda que apenas aparente) em que a diferença seja um não assunto.

Em suma, às vezes tenho a impressão que os discursos pelo direito à diferença reproduzem demasiadas ideias existentes nos discursos que se opõem, e que a verdadeira tolerância está na não polarização/problematização das diferenças.

Propinas

Estão novamente a falar de propinas diferenciadas de acordo com a empregabilidade dos cursos.
Do ponto de vista da competição de mercado faz sentido, mas se implicar uma nova revisão radical do tecto das propinas apenas vai significar o fim da méritocracia.

E num país em que quase todas as universidades cobram a propina máxima independentemente do curso ministrado não estou a ver as coisas a acontecerem de outra maneira.

Se calhar não devia dizer isto mas...

... os atentados de Londres tiveram uma coisa boa:
Os Ingleses deixaram de perseguir os Portugueses para se dedicarem aos Árabes.

quarta-feira, julho 13, 2005

And you got the fucking nerve!

When I am born, I am black.
When I grow up, I am even more black.
When I go in the sun, I am black.
When I am cold, I am black.
And when I die, I am still fucking black.

But what about you?

When you are born, you are pink.
When you grow up, you are white.
When you are sick, look at yourself! You are green!
When you go in the sun, you turn red.
When you are cold, you are blue.
When you die, you look purple.
And after you are dead, you will be yellow.

And you got the fucking nerve to call me coloured!

Tongue Forest, And you got the fucking nerve!

segunda-feira, julho 11, 2005

Este deve ter sido o primeiro ano lectivo em muitos anos no qual não houve uma greve dos estudantes do ensino superior.

Gostava de pensar que se deve a um aumento de maturidade e à percepção da hipocrisia dessas acções mas infelizmente e pelo que conheço do actual movimento académico já é apenas a incapacidade de sequer pensar quanto mais agir.

A ler

sábado, julho 09, 2005

Meretriz inglesa

Meretriz galega

sexta-feira, julho 08, 2005

1ª Lei de Murphy: Se alguma coisa puder falhar, vai falhar.
2ª Lei de Murphy: Se algo falhar, vai falhar da pior maneira possível.

Há dias em que estragamos tudo ao sair da cama.

Afinal...

Porque não gostei do Revenge of the Sith

Embora não esperasse que o meu desencanto com o terceiro episódio da saga Star Wars fosse unanime, a ausência de de opiniões semelhantes à minha tem-me surpreendido até porque tenho tido de defender a minha opinião da imcompreensão alheia. Por isso aqui segem as minhas razões:

  • NOOOOOOO!!!
  • A princesa Amidala morre de desgosto (alguns podem achar isto romântico, eu chamo-lhe drama de faca e alguidar).
  • A treta do Qui-Gon Jin no fim (Já estou a imaginar: Obi-Wan Kenobi: The underground years).
  • Midiclorianos.
  • Falta de continuidade entre os episódios.
  • Num universo em que se viajam anos-luz num instante, uma mulher não é capaz de ir fazer uma ecografia para ver se a gravidez está a corre bem, ou se vai ter, digamos, gémeos.
  • Jedi anjinhos. Seriamente, às vezes fiquei com a impressão que os Clone Troopers percebiam mais da força que os Jedi.
  • Narrativa desconexa.
  • Prevalência dos efeitos especias sobre a história. Principalmente quando estes são usados apenas porque podiam ser usados (Conde Dooku, iguana gigante etc.).
  • Más interpretações.
  • Maus diálogos, que podem explicar as interpretações.

Falhas menores? Talvez mas num filme em que a suspensão da descrença é essencial estas pequenas falhas punham-me a pensar nas razões para o filme estar a ser feito daquela maneira e não no que se passava no ecrã.

quarta-feira, julho 06, 2005

Credibilidade

Retirado do Abre-Surdo:

Do Perdão

Breves comentários a dois trechos do artigo "Haverá mesmo perdão?" de Eugénio Costa Almeida


1 ) O problema do G8 não está no perdão da dívida. Na prática eles nada, ou quase nada, vão despender com o perdão. Serão o Banco Mundial, o FMI e o BAD quem o irão fazer; certo que os países industrializados irão compensar o BM e o BAD, mas o FMI assegurará sozinho esse perdão. Sozinho? Não. Os membros do FMI terão de se quotizar para fazer face a este buraco de 6 mil milhões de euros.

Mas então o que dá o G8 com o perdão da dívida. Simples. Mais capacidade aos países perdoados para se armarem e continuarem com os seus desmandos sociais e políticos.


Sim, por um lado. Mas não só. O que o G8, o FMI e o Banco Mundial ganham obviamente é a capacidade de poderem aprofundar a sua intromissão na política económica de alguns desses países e impondo o já habitual pacote de medidas neoliberais “globalizadoras”. Mais: alguns investimentos privados de empresas afectas aos “perdoadores” verão aumentada a sua “força persuasora”. E nem é preciso lembrar as astronómicas taxas de juro que esses interesses privados conseguem impor.


2) Que credibilidade merecem países como Etiópia, Mauritânia, Uganda, ou Mali, para serem credores do perdão devido a medidas de transparência e luta contra a corrupção se entre eles estão alguns dos maiores consumidores de armas – o Reino Unido que o diga – e postos avançados da corrupção em África.



Volto a Concordar. Parcialmente. Só que é legítimo por a questão ao contrário:
Que credibilidade merecem o Reino, os EUA e a França se continuam a vender armas a alguns dos mesmos países a quem a dívida pretendem perdoar. Agem de forma semelhante a drug dealers: “nós perdoamos a dose de ontem, mas continuem a vir cá, nós, fornecemo-vos o bom produto.” .

segunda-feira, julho 04, 2005

Era uma vez um arrastão

Video de Diana Andringa.

(Graças ao penúltimo post do Barnabé)

domingo, julho 03, 2005

Em busca da legalidade perdida

Os autores dos blogs Random Precision e Renas e Veados vão lançar um projecto-provocação que consiste no "acompanhamento – jurídico e pessoal – de alguns casais homossexuais que conjuntamente se irão apresentar perante um Conservador do Registo Civil, solicitando a abertura de um processo de casamento".

Mais informações aqui, aqui, e aqui.

sábado, julho 02, 2005

Genial

Criminoso estrangeiro

Luso-Britânico

Traidor Franco-Castelhano

A ler

Visto



Gostei. Nunca tinha lido a BD e após ver o filme procurei algumas para ver se realmente o filme era uma conversão directa, o que é verdade praticamente plano por plano.
O facto de serem três histórias independentes pode desagradar a algumas pessoas, mas apesar de algumas quebras no ritmo do filme até funciona. No geral penso que a única coisa que falhou verdadeiramente foram os monólogos interiores das personagens em voz-off. Numa BD funcionam e são necessários, mas em filme tornam-se demasiado artificiais, pelo menos feitos num decalque tão grande da BD.

sexta-feira, julho 01, 2005

Das brumas da memória.

Retirado do Murcon:

Hoje falei na Antena 1 de Educação (Sexual). E recordei um velho texto. Aqui está ele:


“O que se pretende quando se quer esconder às crianças – ou aos adolescentes – as explicações sobre a vida sexual dos seres humanos? Teme-se despertar precocemente o seu interesse por essas coisas, antes que surja de forma espontânea? Espera-se com tal dissimulação conter a sua pulsão sexual até ao dia em que poderá percorrer as únicas vias que lhe são abertas pela ordem burguesa? Quer isso dizer que as crianças não mostrariam nenhum interesse ou compreensão pelos factos e enigmas da vida sexual se para tal não lhes fosse chamada a atenção por alguém do exterior? Crê-se possível que os conhecimentos que são recusados não lhes sejam fornecidos de outra maneira? Ou na realidade deseja-se, real e seriamente, vê-los considerar mais tarde tudo o que diz respeito ao sexo como algo de vil e abominável, de que os pais e os educadores os tentaram manter afastados tanto tempo quanto possível?”

Freud. Que não era propriamente um libertário:). Em 1907…

Nuclear? Não, Obrigado!

É economicamente viável?

As necessidades energéticas do país justificam o investimento na energia nuclear?
Onde se vai buscar o Urânio ou o Plutónio? Podem as reservas nacionais de Urânio assegurar a tão falada independência energética nacional?

O rendimento duma central nuclear é superior ao das alternativas?

É a energia nuclear mais segura que outras energias?

Sabendo que desde a introdução da energia nuclear o problema dos resíduos produzidos tem sido sempre tratado na assunção que um dia se encontrará uma solução, e que nos cerca de 40 anos de utilização civil desta, essa solução não foi encontrada, como se propõe a Associação de Empresários Portugueses a resolver esse problema?

Será essa solução viável num país com uma resistência crónica a aterros, incineradoras ou a tratamento de lixo de qualquer tipo?

Onde se localizaria a central? Ou, centrais uma vez que basear o fornecimento de uma rede energética numa única fonte reduz a fiabilidade e segurança do sistema.

Porque é que raio não se investe em Portugal na energia eólica, solar, das marés, e no caso dos Açores na geotérmica? A simples adição de painéis solares nas novas construções reduziria dependência destas da rede pública a médio custo.
É a relação custo/benefício da energia nuclear assim tão boa?

Bem vindos ao Século 21%