sábado, dezembro 25, 2004

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Encontrei um site, que faz uma simulação do mercado bolsista usando os blogs como companhias. Todos os blogs existentes. Por mim não me importo, mas a ideia que há pessoal a percorrer a net, e a monitorizar todos os blogs, para um jogo, a pagar, perturba-me um pouco.

Preserve The Christmas Spirit

Ou o que deviamos estar a ouvir.
(Com uma pequena ajuda)


If I were Jesus and I dropped by one December to see what the human race had learned from my teachings of love, equity and compassion (for which, incidentally, I was rewarded with torture and crucifixion) only to find a ruthlessly accelerating global epidemic of individualism, possessiveness, debauchery and environmental desecration epitomised by a scandalously lurid, psychotically unsustainable, corporate-sponsored extravaganza of decadence —in honour of my BIRTH!— I would probably beg my father to erase every last trace of the criminally insane human species and start all over again with the amoeba.


Is it just me or is there something vaguely appalling about commemorating the birth of an allegedly divine infant (whose life would inspire countless acts of compassion and benevolence) by drowning our offspring in disposable, media-hyped novelties assembled by disposable children forced to toil in slave-labour sweatshops; moreover, paying for the grisly merchandise with currency that embodies a perfectly amoral system of socio-economic exploitation, based on the wickedly devious lies of enlightened self-interest. Yet, somehow, the garish spectacle appears rational and even altruistic because we idiotically believe the psychotic ramblings of economists who are, ostensibly, the real deities of this shameless pretence for civilisation.


Christmas is weird. Not a unique, avant-garde, nonconformist, eccentric, freethinking, unorthodox, quirky, bohemian, revolutionary, perpetually creative kind of weird like you are —but a sort of freakishly hyper-decorated, dementedly elaborate, emotionally incapacitating, disturbingly over-enthusiastic, ominously bloated, annihilate-the-ecosystem-it's-great-for-the-economy kind of weird. Have an appropriately weird Christmas!


Happy Christmas. Time to celebrate the cherished and honourable ideals of universal peace and goodwill by subjecting our unwitting children to a relentless barrage of pathologically devious and distorted advertisements, while aiding and abetting them to compile loathsome testimonials of greed; whereafter —in an effort to finance this delirious spectacle of overindulgence— we borrow trillions from obscenely profitable banks and transfer it to even more unspeakably prosperous global corporations: effectively ensuring their totalitarian conquest over humanity by the time our young have reached adulthood! How appropriate.


Because he's really fed up with God's pathetic incompetence and negligible appreciation of market forces, Monsanto Claus has decided to take over Christmas. Besides, even the WTO has declared the "Creator's" "laws" of nature an unfair trade advantage. But don't fret my perfectly gullible and obedient little one ...Monsanto has some wondrous treats for you —whether you asked for them or not. So, come along —let's savour a lovingly irradiated mug of tumour-accelerating rBGH-nog (sweetened to perfection with asphyxiatingly joyous formaldehyde-enriched Aspartame) and curl up by these glowing canisters of Agent Orange and Malathion nestled in the bosom of Monsanto Claus's armageddonously festive wasteland. As you see, it's been carefully trimmed with jolly cross-pollinating Roundup-basted soybean garlands and twinkling orbs of genetically-profaned crop-thingies for the occasion. Now, let's join voices in soon-to-be-traditional, government-issued carols of greenwashing, biopiracy, privatised water and terminator technology. And remember —thanks to PCBs, there's already a bit of Monsanto's magic in us all!


Any Messiah with a shred of personal integrity would be mortified if a sinister and sensationalistic commotion such as Christmas occurred on their behalf. Imagine the humiliation of having the sum-total of your celestial wisdom profaned into the form of a fictitious, surveilling, bearded troll whose sole purpose (as western emissary for materialism) was to corrupt children into becoming corporatist/brand-loyalty zealots by bribing them with piles of meaningless, gaudy trinkets. Therefore, on behalf of grossly misrepresented deities everywhere, I wish you the supportive kinship and spiritual strength to permanently eradicate this vacuous, angst-ridden circus of selfishness from your Holiday Season.


Some people think Christmas is about Jesus while others maintain a focus on the spirit of giving. Christ knew a great deal about the spirit of giving; in fact, he may have been one of its greatest proponents, particularly regarding the ethical distribution of wealth and resources. What he unequivocally would NOT have advocated is the exchange of wildly excessive and extravagant gifts among already privileged people, bred and socialised for self-indulgence, covetousness, insatiability, ingratitude and egocentrism. Imagine how different the season might be if they had to sit on Jesus' lap to justify their petty Christmas wish lists every year!

sexta-feira, dezembro 24, 2004

Christmas Blues

O Natal é uma óptima altura para esquecermos que, durante o resto do ano, não fizemos nada para melhorar o mundo através do consumo desenfreado. Ou seja continuamos sem fazer nada, mas agora aliviou-nos a carteira junto com a consciência.

Não me surpreende nada que seja no Natal que a taxa de suicidio é mais elevada. Toda a parafernália propagandista funciona de maneira a realçar as nossas inadequações a uma normatividade utópica, cuja única redenção se encontra no consumo. Ora se esse consumo não fizer sentido, ou for impraticável...

Sem mais de momento, Boas Festas.

quarta-feira, dezembro 22, 2004

Olhar para trás

Ontem passaram 13 anos sobre a queda da URSS. Agora só falta Cuba e a China.

A Redenção

Este Blog andava a precisar precisar fortemente de se normativizar depois da série Ultimania, por isso aqui seguem fotos de uma deusa à qual até somos capazes de perdoar dois pecados com o título Resident Evil.







Espero que isto apague qualquer imagem de totó que tenha deixado nos ultimos tempos.

segunda-feira, dezembro 20, 2004

Diário Ateísta

Excelente post

Ultimania XII

Felizmente para a minha sanidade mental não sou o único com esta opinião do Ultima IX. Um outro fã criou uma página onde se dedica a enumerar os erros que encontrou no jogo. Rapidamente o resto da série tornou-se alvo do mesmo escrutínio. O impressionante é que o UIX por si próprio tem quase tantos erros como todos os outros títulos juntos. No entanto é no fórum que é que se encontram as surpresas mais agradáveis. Nunca nenhuma discussão, e houve muitas, terminou em troca de insultos. Ocasionalmente assistiram-se até a discussões de bom conteúdo intelectual como uma sobre a representação de superfícies esféricas num plano (já agora a forma da Britannia é um torus, uma argola). Rapidamente me tornei um colaborador contribuindo inclusive com uma teoria.

Esquerda

A minha relação com a Esquerda é complicada. Pelo esforço que faz na procura de justiça e de uma sociedade igualitária (não confundir com uma sociedade uniforme, estamos a falar, geralmente, de igualdade de oportunidades) não posso deixar de me considerar de esquerda, mas a confiança que tem numa natureza humana comunitária e altruísta ao mesmo tempo que abafa a iniciativa individual e condena aqueles que não partilham dos seus ideias é me muito difícil de engolir, eu sou bem mais céptico e individualista. Felizmente a Direita consegue, por pecado de associação, acalmar-me qualquer dúvida em relação à Esquerda

Ultimania XI

À data de lançamento o UIX vem completamente injogável, com problemas técnico a aparecerem em sucessão. Ainda antes do lançamento oficial já havia sido disponibilizado um patch no site oficial do jogo, mas os problemas persistem durante meses, aos quais se tem de acrescentar a exigência de recursos que o jogo impunha aos sistemas da altura. No entanto para os fãs estes problemas acabam por se tornar um mal menor.
Pequenas falhas vão aparecendo pouco a pouco. Inconsistências com os jogos anteriores, um enredo simplista que misturava à sorte e sem qualquer discernimento elementos dos jogos anteriores e que no fim se limita a dizer que se matares o Vilão todos vivem felizes para sempre. A desilusão é tão maior por este ser o largamente anunciado fim da série, o culminar de vinte anos de história, e pela defesa encarniçada que alguns dele fizeram.

Pessoalmente, creio que se o jogo não tivesse Ultima no título eu deixaria passar em branco essas falhas e apreciaria um jogo que por si só até seria razoável. Mas quando assume o legado dos jogos que o precederam, o número de inconsistências que apresenta é completamente inaceitável.

Direita

A Direita tem uma característica que eu aprecio bastante, e que é a de tenderem a favorecer a responsabilidade individual, a independência e uma cultura de mérito. Infelizmente tendem a esquecer-se que os indivíduos raramente partem em situação de igualdade, e que por isso as avaliações de mérito que fazem estão frequentemente viciadas a favor de quem à partida foi posto em vantagem.

Ultimania X

Nada dura para sempre e o fim da série Ultima teve início com a aquisição da Origin pela Electronic Arts (EA). Inicialmente tudo parecia correr bem. Foi lançado o UVII:SI considerado por muitos o melhor RPG de todos os tempos. No entanto os sinais que algo não estava bem já existiam. O lançamento do jogo é apressado e vários pormenores ficam por completar. Com a saída do Ultima VIII tudo se agudiza. Novamente o lançamento do jogo é apressado e apresenta diversos problemas técnicos que demoram meses a ser corrigidos, ainda que as criticas não se cingissem a este aspecto.
Finalmente o desenvolvimento do UIX é praguejado por problemas. Grande parte da equipa que desenvolveu os títulos anteriores abandona a companhia, e os que ficam são desviados para o desenvolvimento do Mass Multiplayer Online Role-Playing Game (MMORPG) Ultima Online (UO), que se viria a tornar o mais bem sucedido jogo online da actualidade (para tristeza de muitos fãs que contribuíram para o seu desenvolvimento e depois se viram perante a realidade do Mass e do Online).
Finalmente a EA força o lançamento do UIX em Dezembro de 99 para aproveitar as vendas de natal.

Sr. Dr. Estou a ser perseguido!!!

É interessante como Pinochet sempre que está em risco de ser acusado de crimes contra a humanidade adoece gravemente...

Será que não vai ter agora uma recaida repentina?

Ultimania IX

O UVII:BG também foi o primeiro jogo onde fui confrontado com a homossexualidade e a prostituição num jogo. Existe um bordel onde que recorre a trabalhadores dos dois sexos, e que aceitam qualquer cliente (desde que possa pagar, claro).
Por outro lado o único romance possível no jogo está reservado a personagens heterossexuais masculinas (o diálogo para uma personagem feminina é demasiado vago para confirmar a existência de um romance lésbico).

Isto pode parecer pouco importante, mas acrescentando outros pormenores, como a existência de conflitos raciais e religiosos, corrupção, problemas ambientais, toxicodependência, crime, e assimetrias entre ricos e pobres, consegue-se assistir a uma dinâmica de relações sociais e políticas que tornam o mundo credível ajudando a criar a “suspensão de descrença”.

É precisamente neste ponto que os Ultimas sempre brilharam. Ao caracterizarem o mundo de maneira plausível, conseguem que o jogador se identifique, com uma verdadeira empatia e carinho por aquilo que não passa de um monte de pixeis. Ainda que apenas momentaneamente o jogador volta a viver num estado de encantamento infantil.

Aviso importante

Ao contrário do que se possa pensar nem todos os homens são lixo. Provavelmente nem a maioria. Atrevo-me mesmo a dizer que a proporção de sacanas entre os homens não é significativamente superior à existente entre as mulheres.

Ultimania VIII

Felizmente havia muitas maneiras honestas de ganhar o dinheiro necessário para sobrevivermos, tais como ajudar agricultores nas colheitas, transportar alimentos entre cidades, trabalhar numa padaria, ou pelo sempre tradicional método de exterminar os bandidos que vagueiam pelos campos e pilhar os corpos (Estamos a falar de um jogo apesar de tudo).

O mundo é verdadeiramente realista ainda que de uma maneira fantasiosa. Até traficantes de droga e a sua própria versão do Ku Klux Klan (só é uma pena que não seja possível exterminá-los a todos).

Nota Mental

Postar urgentemente fotografias de mulheres bonitas porque este blog está a ficar demasiado totó até para os meus padrões.

Ultimania VII

Finalmente consegui por o UVII a correr como deve ser.
E então atingiu-me com toda a força. Brutalmente sem piedade nem remorsos.

Tudo se inicia com dois assassinatos violento de contornos ritualisticos num estábulo. A nossa missão é capturar o criminoso. 1ª Surpresa: Não há inventário, usamos roupa (ou não :) !!!) e podemos equipar mochilas que nos permitem transportar coisas fora das mãos. 2ª Surpresa: Podemos agarrar, manusear e transportar quase tudo o que quisermos, desde que não seja demasiado pesado, e a maior parte das coisas são inúteis. Ninguém precisa de andar com vinte ferraduras na mochila. Ou com o cadáver de uma das vítimas já que se fala disso (não perguntem).

A coisa que mais fiz durante a primeira hora de jogo foi ficar de boca aberta. Os NPCs tinham vida própria, dormiam, comiam, trabalhavam, iam ao bar, e não achavam piada nenhuma a que os acordássemos a meio da noite. Os nossos próprios companheiros não eram carneiros nenhuns, se os tratávamos mal ou fizéssemos algo que não lhes agradasse era certo que nos repreenderiam ou podíamos mesmo ser abandonados, e se fizéssemos algos que não lhes agradasse mesmo nada, tipo roubar a casa de uma pobre velhinha quase cega (não perguntem!!!) eles eram perfeitamente capazes de nos mostrar o que 7 tipos fortemente armados seriam capazes de fazer a quem tivesse a triste ideia. Isto sem falar das hordas de guardas que apareciam se cometêssemos um crime dentro de uma cidade.

Sandes de Pernil

Acho que só há uma coisa em Coimbra de que vou realmente ter saudades quando de cá sair.

As sandes de Pernil do Sr. Carlos. Principalmente às seis da manhã.

Ultimania VI

Mas a jóia da coroa dessa compilação era o UVII:BG. Mal vi a intro fiquei agarrado:
- O que era aquela coisa a falar como se fosse o nosso melhor amigo?!!

Muitos dirão que a 2ª parte, Ultima VII: The Serpent Isle é melhor, mas para mim este é insuperável.

Infelizmente apresentava várias dificuldades de compatibilidade com o meu PC. Bom, com qualquer PC. Uma das histórias recorrentes entre os fãs da série é a de terem tido de desenvolver as suas capacidades informáticas para porem estes jogos as correr. Eu não fui excepção.

As preocupações da academia

Nos últimos anos a grande preocupação da AAC parece ser impedir que os “comunas” (todos os que sejam mais claramente à esquerda) consigam integrar ou formar uma DG.
Nos últimos tempos a segregação desses indesejáveis tem sido feita em função da sua tendencial ligação ao Bloco:
-Vocês já viram o que era uma DG de BEs? (com ar de desespero)- é uma afirmação corrente na altura das eleições para a DG.

Por isso, finalmente, a JCP foi cooptada para a DG devido à sua rivalidade (ódio) para com o BE em Coimbra (e porque lhes pareceu mais importante um lugar na AAC que princípios).
Temos então, na AAC, uma DG de coligação entre JSD e JCP com um presidente JS e alguns PPs à mistura.

E com um gajo com um processo a decorrer em Conselho Fiscal eleito como presidente do mesmo Conselho Fiscal.

Muito melhor não é?

Mas o importante é que não se possa insinuar que uma DG é partidarizada. Aliás nunca houve uma DG partidarizada.

Mesmo quando os seus presidentes eram notórios elementos das juventudes partidárias.

Ultimania V

O meu primeiro contacto com a séries deu-se no verão de 94 (ou 95?) através de uma compilação que continha o primeiro Ultima Underworld (UW I), o Ultima VII: The Black Gate (UVII:BG), e o Savage Empire (WOU:SE), que eu não sabia relacionado com os outros.

Infelizmente o UW é jogado na perspectiva de primeira pessoa, tipo de jogos que provoca enjoo (só um jogo deste tipo me provocou uma reacção menor, Deus Ex, que curiosamente é de um dos criadores dos melhores Ultimas).

O WOU:SE é um jogo ligeiro passado numa espécie de Mundo Perdido, sendo uma excelente introdução à série.

terça-feira, dezembro 14, 2004

Oh Não!

A praga televisiva dos Natais hospitalares começou!

Já reparou que...

As Traduções e legendagens na TV Portuguesa estão cada vez piores?
Não se trata simplesmente de gralhas, aceitáveis ainda que lamentáveis, mas verdadeiros erros ortográficos e erros de tradução.
Ao ver “O Senhor dos Anéis” na SIC reparei terem traduzido Shards, fragmentos, por adagas, e já vi ribs, costelas, ser traduzido por vértebras. Ainda hoje vi também na SIC vi Ticiano ser traduzido do inglês como Titian.
Os rodapés da TVI já são conhecidos pelos pontapés na gramática, e há histórias de textos de jornalistas terem de ser corrigidos pelos cameramen.
Acho que antes de nos preocuparmos com a pureza e a essência da língua portuguesa devíamos estar preocupados com o tipo de falantes que estamos a formar.

Quarta-Feira 15 de Dezembro 23:00


Blackadder de regresso à TV portuguesa na SIC Comédia Posted by Hello

domingo, dezembro 12, 2004

Santanáz sempre alerta

Quem quer que vença as eleições 20 de Fevereiro já tem fiscal para o futuro.

Gosto especialmente d'O Cálice de Cicuta.

sábado, dezembro 11, 2004

Parabéns

No Leitor


 Posted by Hello

quinta-feira, dezembro 09, 2004

Ultimania IV

Mas se a capacidade técnica nunca esteve em questão, o verdadeiro poder dos Ultimas esteve sempre nas suas narrativas.
O Ultima V falava das dificuldades e dos perigos de transformar um código moral em lei, num ambiente de guerra civil e corrupção. O Ultima VI é sobre guerra e até certo ponto tolerância, os 2 Ultima VIIs são sobre a sociedade e talvez os jogos mais adultos de sempre, o Ultima VIII é sobre a natureza do Bem e do Mal, e até certo ponto sobre se os fins justificam os meios. O Ultima IX não presta.

Pensamento inútil do dia

Penso que o interesse dos homens heterosexuais pela pornografia lésbica se deve a uma questão estética. Nada corta mais a pica que ver o cu peludo de um gajo em grande plano. Ou pior ainda, o cu rapado...

Minimo denominador

Tendo em conta os possíveis candidatos à Presidencia da República acho que vou seguir o conselho do Ma-Schamba e votar no Manuel João Vieira

Espanto

Ainda há gente que não sabe que Pinto da Costa foi preso.

CML II

Novos outdoors da CML acerca do Túnel do Marquês:

“Tentaram acabar com ele. Nós vamos terminá-lo.”

Ultimania III

Se o Ultima IV era inovador em termos de história, uma coisa de que todos os Ultimas se podiam gabar era de estarem na vanguarda técnica. O Ultima IV e V deverão ser os jogos com o maior mundo de jogo (com a possível excepção da série Elder Scrolls), os Ultima VIIs de 92 e 93 têm gráficos superiores ao Diablo de 1996, e o Ultima IX de 99 só após dois anos de evoluções técnicas é que deixou de levar ao máximo os computadores em que corria.

CML

-Gostava que Pedro Santana Lopes regressasse à Câmara Municipal de Lisboa?
-Talvez gostasse, principalmente porque ele fez diversas promessas que nunca chegou a cumprir.

Ultimania II

Um dos aspectos que explica o fascínio que os Ultimas exercem tem a ver com a sua originalidade e maturidade.
Se os primeiros três títulos seguiam a típica formula “mata o vilão malvado e salva o mundo”, no Ultima IV, que verdadeiramente inicia a tradição Ultima, este elemento está completamente ausente. Não há grandes vilões para matar, e o mundo está bem longe de qualquer ameaça irresistível.
O objectivo neste jogo é melhorarmo-nos a nós próprios, tornarmo-nos um Avatar de virtudes. O jogo é vencido através de comportamento ético. Temos a hipótese de roubar comerciantes cegos nos trocos, podemos praticar caridade, podemos mentir, podemos doar sangue, e frequentemente somos obrigados a escolher o mal menor. É neste Ultima que pela primeira vez somos postos perante situações em que temos de iniciar combate e/ou matar crianças (prática que se repetirá nos títulos subsequentes).

Estudar?

No Atrium Saldanha há um cartaz a dizer “Proibído Estudar”. O acento no i não é erro meu.
É a língua portuguesa em evolução.

Ultimania

Há uns dias reencontrei um amigo com o qual não mantinha contacto há cinco ou seis anos. Após a estranheza inicial acabamos por pôr as noticias em dia e rememorar alguns momentos da nossa adolescência. Entre essas recordações, o que me deixou muito surpreendido, ele perguntou-me se eu ainda tinha o jogos de computador “Ultima Underworld” e se este funcionava num sistema operativo moderno.

Este jogos faz parte de uma série, Ultima pela qual eu sou verdadeiramente fanático.
Produto da mente de Richard Garriott, o começo da série deu-se em 1980 com o lançamento do Ultima I em 1980, embora alguns puristas afirmem que Akallabeth de 1978 deve ser considerado o verdadeiro início da série, que se prolongou até 1999 com a publicação de 17 títulos e duas expansões para PC e/ou consolas, culminando no largamente insatisfatório (pelo menos para nós fanáticos) Ultima IX.

Estranhamente apenas conheci dois ou três portugueses que conhecessem os Ultimas, e por isso mais me fascina ter contagiado alguém para esse mundo.

terça-feira, dezembro 07, 2004

Graffittis

Desde que abriu uma estação de Metro perto de minha casa comecei a fazer um percurso diferente daquele que costumava até então fazer. Uma das características que mais me fascina é um grafitti com os dizeres:

Nuno
Amigo do
Luís

Não consegui descrever o fascínio que esta mensagem exerce sobre mim. Quem é o Nuno? Quem é o Luís? Porque é que o Nuno, ou o Luís sente necessidade de imortalizar a sua amizade pelo outro desta maneira? Porque é que o fez num muro escondido perto da Igreja Baptista? Terá sido outra pessoa que não o Nuno ou o Luís a escrever isto? Será isto uma declaração homoerótica, uma espécie de coração gravado numa árvore destes tempos urbanos? Ou será antes uma tentativa mesquinha de enxovalhar o Nuno e o Luís? Estaria o autor á espera que a abertura de uma nova estação de metro trouxesse uma bem maior visibilidade ao seu grafo?

domingo, dezembro 05, 2004

AAC

Após a vitória da Lista R na primeira volta das eleições para a a direcção da AAC, o próximo presidente da DG será quase de certeza Fernando Gonçalves, AKA "Guterres".
Como de costume dois terços dos estudantes estiveram-se pouco lixando para as eleições (embora a abstenção tenha voltado a diminuir).
Mas o que é deprimente é que a lista mais votada com 3464 votos seja aquela que decidiu aceitar o presidente do Núcleo de Farmacia José Malta, cuja demissão foi aprovada em Assembleia Magna, e que tem um processo a decorrer Conselho Fiscal. José Malta foi eleito para o cargo de Presidente do Conselho Fiscal.

E depois admiramos-nos que não nos levem a sério.

Suspiro

O vídeo deu cabo da pornografia...

O Magnífico Reitor

Publicado no último Notas de Campo.

Magnífico- do Lat. Magnificu adj., magnificente; esplêndido; excelente; óptimo; grandioso; pomposo; generoso; s. m., Ornit., espécie de ave-do-paraíso.

O reitor da Universidade de Coimbra faz parte de um grupo selecto de reitores pelo mundo fora, que mais que reitor é “Magnífico Reitor”, apodo atribuído por bula papal. Sem querer sequer questionar a razão pela qual um cargo numa instituição pública de um estado laico tem um título de origem religiosa, não se pode deixar de desconstruir o profundo elitismo e arrogância que a utilização deste título implica. A excelência é uma qualidade que tem de ser merecida de novo todos os dias, não é concedida por um título.
A virtude está na acção, não nas palavras.
Infelizmente não é só no magnífico que está o problema, os 714 anos de história da Universidade de Coimbra e os 117 anos da AAC parecem ter criado uma confusão ente estatuto e excelência em muito boa (ou não tão boa) gente.

Mas o objectivo deste texto era discutir as acções do actual reitor da U.C. Fernando Seabra Santos, eleito em 2003 graças em grande medida ao voto dos estudantes e que demonstrou até agora que as únicas coisas na qual excele é na hipocrisia, na desonestidade, na cobardia e na duplicidade.
Na duplicidade porque tendo sido durante a sua campanha fortemente crítico das diversos projecto-lei em estudo para o ensino superior e solidário com a luta estudantil, nunca até agora agiu de forma a defender aquilo em que diz acreditar, ou os estudantes. Traidor porque ao contrário do que afirmou na cerimónia de Abertura Solene em 15 de Outubro de 2003 não teve pejo em chamar o corpo de intervenção para agredirem o “ pequeno grupo de estudantes” que teve a ousadia de interromper a Abertura Solene “a mais importante cerimónia da Universidade de Coimbra” no passado dia 13 de Outubro, tendo chegado ao ponto de marcar a reunião para um local relativamente isolado e que há hora agendada está praticamente deserto, traidor porque no dia 5 de Novembro de 2003 quando mais de 10 mil estudantes estavam em frente à Assembleia da República a manifestarem-se por um Ensino Superior Público justo e de qualidade, ele estava a ser conivente com a desnecessária fixação da propina mínima através dos golpes baixos que tanto critica nos estudantes.
O reitor é um cobarde porque não defende as convicções que afirma ter. Ao contrário do que afirmou na sua tomada de posse, carne de obedecer é aquilo de que ele é feito. Defender os seus interesses e fazer valer os seus direito é algo que a UC não tem feito, pelo menos em relação ao governo.
O reitor é um hipócrita por que sendo contra a lei de financiamento nas duas vezes a que foi chamado a aplicá-la fê-lo zelosamente, como se fosse o mais cumpridor funcionário público. Teria possibilidade de agir de maneira diferente? Sim, a lei de financiamento está fraseada de maneira a que as propinas sejam estabelecida pelo governo quando as Universidades não o fazem, e quando vem a público dizer que a lei é prejudicial para o ESP não se compreende como é que ele pode compactuar com ela desta maneira.
Quando o reitor é posto perante a recusa de alguns presidentes de conselhos directivos em fixar propinas, afirma que lhes deseja a maior sorte e espera que cumpram os seus objectivos, mas ele não o fará.
Quando este reitor é posto perante a recusa de “um pequeno grupo de estudantes” em pactuar com as suas acções ele afirma por um lado que como são poucos não o preocupam muito, e por outro lado diz que nós devíamos era estar a pressionar o governo e manifestar-nos em frente à Assembleia da República. Sim, o reitor que aproveitou o dia da maior manifestação de estudantes em Portugal, e a ausência dos estudantes Senadores para fazer aprovar as propinas na sua Universidade diz isto aos estudantes que o questionam.

Cavaco

Post interessante no Random Precision sobre Cavaco. Numa altura em que este tem sido quase messianisado, dá uma perspectiva crítica que me parece bastante necessária.